sexta-feira, 10 de julho de 2015

Post cult: Vampiras 2012

Olá queridos (e provavelmente inexistentes) leitores!!
Mais uma vez esqueci por anos este blog, mas estou de volta. Agora atacando no mundo cult sem nenhuma conhecimento formal, mas o que eu vi de interessante no filme. Não vou entrar em estudos profundo e filosóficos, até porque sou engenheiro e minha filosofia vai até onde enxergo o meu umbigo.

Contudo, Vampiras me chamou a atenção por tocar em um assunto que pesquisei um pouco na faculdade e li em Pierre Levy. A tecnologia como motor de mudanças de paradigmas sociais, minha ênfase sempre ficou nas redes sociais. Bem segue análise do filme sobre esta ótica

Superficialmente o filme pode ser desinteressante, mas se o espectador assistir com um segundo olhar pode mudar de opinião rapidamente. A trama se desenrola em clima de comédia sobre duas vampiras Goody e Stacy, uma mestra e a  paixão de Stacy por um humano (que é filho de um caça vampiro). Falando em camadas, a primeira sendo a trama principal não traz nada digno de nota, apesar de tirar algumas gargalhadas e fazer várias referências à filmes clássicos de terror. Porém a segunda tem grande impacto. Goody nasceu no século 19, enquanto Stacy é da década de 90 no século 20. Goody esconde este fato de Stacy para que a segunda se sinta mais a vontade. Devido esta diferença temporal e a necessidade de sempre estar acompanhando a tecnologia da época, Goody se sente incomodada e em vários pontos do filme discute sobre como as coisas eram feitas antigamente e como é nos dias atuais. E suma é uma crítica social sobre a virtualização da vida moderna e a constante perda de contato pessoal, baseado no fato de que quanto mais utilizamos a tecnologia pra estarmos próximos dos outros nos ilhamos em pequenos mundos e deixamos de ter contato físico (e consequentemente mais íntimo) com as pessoas a nossa volta. Isso fornece um plano de fundo para discussão das redes sociais e seus vícios ( em várias cenas é possível ver pessoas no fundo usando o celular em situações inusitadas). O roteiro, inteligentemente, convida ao espectador analisar esta segunda camada. Stacy faz faculdade de artes  (onde conhece seu namorado na disciplina de cinema), e quando ocorrem cenas de estudo ela está sempre analisando os simbolismos.

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