Crônicas Vampíricas de Gardella
O mundo dos vampiros é com certeza versátil, de tão versátil
chega a ser ridículo. Todo mundo conhece o fenômeno Crepúsculo de Stephane
Meyer (escritora odiada por este reles blogueiro).
Desde as aterrorizantes fatos ocorridos na Transilvânia
narrados por Bram Stoker o vampirismo teve várias facetas. Passou do terror
para o humor, dando uma passada pela aventura. Van Helsing ganhou uma abordagem
de caça-monstro no filme Van Helsing (2004).
E na literatura?
Claro não podia ser diferente. O nosso amigo Drácula aparece
em várias delas, mas não tanto quanto o seu legado: a cultura vampiresca. Todos
conhecem as características destes mortos-vivos, claro com variações. As
principais são a aversão a luz, bebedores de sangue, tem super poderes e tem um
fraco pela prata. Elas aparecem sem exceção em todos os livros que falam de
vampiros.
E se a tudo isso inserirmos um caçador de vampiros de saias?
Mais uma pitada de legado ancestral, uma dose de aventura e mais um bocado da
vida excitante das noites londrinas (WTF?), sem contar com um romance
arrebatador. Estamos falando das Crônicas Vampíricas de Gardella ( Colleen
Gleason).
São cinco livros dos quais dois foram lançados no Brasil: O
legado da caça vampiro (2010) Ergue-se a noite (2012).
O primeiro livro conta com a pacata e ignorante vida de Vitória
Gardella, uma debutante que acaba de ser apresentada a sociedade inglesa e está
pronta para se casar com um homem bonito e rico, que descobre que é a herdeira
de um grande poder e responsabilidade: livrar o mundo da peste vampírica. Então
ela tenta, ao mesmo tempo, ter uma vida normal (namorar, festejar e namorar de
novo) enquanto mata vampiros.
É claro que não dá certo, e ainda por cima arruma um
“affair” com um dono de buteco do mal. E ainda por cima tenta lutar com a
vampira (sim é mulher mesmo, sabe como é né...) mais poderosa do mundo. Ela se
dá bem no final, mas nem tanto.
Em ergue-se a noite as coisas ficam mais tórridas
(pornográficas na verdade) e perigosas. Vitória se entrega ao seu afair cada
vez mais (com cenas detalhada e picantemente mostradas) ao mesmo tempo que
investiga uma seita que apoia os vampiros.
Ao ler o livro não deixei de notar como Vitória (ou a
autora) adora um peito cabeludo, aposto que se ela desse de cara com o Toni
Ramos ia ter um ataque.
Em si os livros não são de todo ruim. O primeiro peca pelo
excesso de atenção ao casalzinho apaixonado e o segundo pelo excesso de
sexualidade (chamando excessiva atenção para dos seios de mulheres durante todo
o livro dá a impressão que a mulherada mostram-nos na primeira chance que tem).
Nos dois livros, nossos amados e famigerados seres demoníacos ficam em segundo
plano, menos no inicio ( que dá a desculpa do livro) e no final ( quando a
bagaça tem que acabar senão o livro perde a graça).
Para um amante de vampiros crônicas vampirescas ganha nota
5, em consideração ao tema ser bem desenvolvido e até original no que se
apresenta, pois se fosse ver pelo seu desenvolvimento merecia um pouco menos.
AAh! Meninas de 18 a 20 anos vão amar o livro. O resto pode
até gostar, pelo menos os vampiros viram fumaça como sol, ao contrário de
brilhar como ridicularmente já aconteceu...
Mas se quiser saber mais sobre os outros livros entre aqui e leia o resto (em inglês)
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