A polêmica entre livros digitais e impressas- parte um
"TANTO FAZ"
Digital ou não digital, eis a questão |
resposta realmente é "tanto faz" porque, na realidade, os dois são formas de leitura, porém com diferenças entre si. Da mesma forma que roupas são escolhidas pela ocasião o livro digital e impresso são escolhidos de acordo com a necessidade do leitor. Daqui para frente vou falar um pouco dos dois para dar uma visão geral do que acho de cada um, falando dos prós e contras; vai ser extenso, mas não há como um assunto deste não ser.
Se você se cansar de ler, não se preocupe, volte mais tarde. Estaremos aqui te esperando, como qualquer livro que você tenha em casa.
O DIGITAL
Não é bem assim, você sabe.. |
Tudo muda e se aperfeiçoa, o mesmo aconteceu com os livros. No inicio escritores eram artistas que desenhavam nas paredes, depois escreviam em papiro e então vieram os livros, eles mesmo modificaram-se com o tempo. Surgiram várias facetas da literatura e hoje temos livros falando de tudo, desde uma análise profunda e mística sobre como a matéria se comporta, até uma história simples sobre uma menina que achou um buraco e ao entrar nele foi para outro mundo. O livro digital é a evolução natural do livro impresso na nossa era tecnológica, onde queremos ter tudo acessível rápida e facilmente. Com o livro digital você pode carregar Alexandria no seu bolso. Pode achar o livro que deseja em apenas alguns cliques, uma citação somente com uma busca. O peso é mínimo e o acesso rápido! Além de tudo, são mais baratos que o livro impresso! E sustentáveis, não precisa derrubar árvores!
Contudo para os editores, escritores e afins o assunto ebook é uma coisa difícil de aceitar. Um verdadeiro bicho papão. A explicação para isso é simples: tudo que vira dado digital é de difícil controle na rede, então um livro digital pode ser pirateado sem muitos problemas. Esse tipo de comércio ilegal é comum e vastamente utilizado. Assim por mais famoso que um escritor fique com seu livro, por mais que ele seja comentado e adulado não há ganho monetário no processo. Não sei se você sabe, mas escritores também comem, bebem, se divertem e leem livros ( sem leitura não se exercita a imaginação), também as editoras sobrevivem das vendas dos livros. Os editores (caras que são pagos para melhorar um livro até a sua quase perfeição) precisam pagar as suas dívidas. Como é possível manter toda esta estrutura se não há patrocínio? Claro que você pode argumentar o preço de livros, que são caros e tudo mais (se pagar por tudo que se quer ter acesso não há como fazer isso e blá blá blá). Há uma boa explicação para preços de livros, que envolve toda um desenvolvimento sobre vários aspectos, talvez eu fale sobre isso outro dia. Pense nisso: "Se meu escritor favorito não ganhar dinheiro com sua obra o que ele irá fazer? E como eu vou ficar nisso? ".
E-books tem outros problemas indiretos, é relativo ao dispositivo de leitura. Atualmente o livro digital só pode ser lido pelo programa para o qual ele foi disponibilizado. Por mais que haja programas de decodificação haverá sempre a sombra da "saída de linha", da "descontinuidade" de uma tecnologia. Poderá ocorrer que o formato do arquivo digital não esteja mais disponível daqui a alguns anos e seu e-book vai virar dado que só ocupa espaço. Isso se ele não se danificar até lá. Poucas pessoas sabem disso, mas os dispositivos de armazenamentos atuais não foram feitos para guardar dados para sempre. Há uma reportagem muito interessante na revista INFO sobre o assunto.
O dispositivo de leitura (seja qual for) é um forte alvo de roubos. Hoje o foco de pequenos roubos são os dispositivos eletrônicos. São portáteis, vendem fácil e fáceis de modificar. Experimente deixa um tablet sobre a mesa de algum restaurante para ver...
Depende de eletricidade. Isso é um contrassenso da sustentabilidade. Para funcionar o dispositivo precisa de energia. E estamos passando por problemas com energia, pois a demanda sobe cada vez mais, por causa de nossa informatização, e o impacto ambiental na produção de energia é muito maior do que se pensa. Sem contar que se sua bateria acabar já era a leitura do dia.
Há o desconforto quando se lê por muito tempo na tela. Geralmente dores de cabeça e nos olhos. Você não vai ler disso muito por aí, por um motivo básico: se as pessoas souberem disso vão deixar de usar tablets e pcs para ler. Eu sou um que tem este problema em leituras prolongadas, lê-se aqui de duas ou mais horas, se você não chega a ler tanto tempo, isso não vai acontecer com você.
Na minha reles opinião e-books são ideais para revistas, jornais e livros de estudo. Quanto aos dois primeiros, na realidade são perfeitos. Uma revista ou jornal são como notícias de telejornal ou mensagem de twitter, são informações dinâmicas, que podem ou não ser úteis. Quem se assina revista ou jornal tem-se que fazer uma limpeza de vez em quando para liberar espaço, com o arquivamento digital ( e em nuvem) isso acaba. Há o detalhe de que as pessoas só se voltam para revistas e jornais antigos quando o filho tem trabalho de escola com figuras (o que está em desuso) ou está num consultório esperando. Os livros de aprendizado diz respeito aos estudantes. Livros didáticos ficam obsoletos e geralmente são pesados, e a probabilidade de serem usando novamente após o término odos estudos é pequena. Há livros que um profissional deve ter em sua biblioteca, isso é verdade, mas com certeza não são todos os que se estuda na época de sua formação. Usando ebooks nos estudos diminui-se o peso da mochila e as costas do estudante agradecem!
Se você chegou até aqui, parabéns! Teremos uma segunda parte daqui a pouco e falaremos sobre os livros impressos ( que acredito ser menor que este) e finalmente farei uma sinopse sobre as minhas análises e darei a minha tão esperada resposta, que de tão óbvia você já deve saber!
2 cutucadas:
Karime gosta de livros impressos.
Eu curto livro impresso, mas depois que pus minhas mãos em um kindle, IMPRESSO NUNCA MAIS!!!
Postar um comentário